sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Final again

Tudo fica assim, tão estranho, sempre...

Rio Branco

Dia e noite, alvorada e luar
Viola nas mãos, qualquer lugar
Lápis e caderno na sala de estar
Tento começar a escrever

Viver meus dias atrás de uma mesa
Ser mais um engravatado numa empresa
Uma farpa qualquer dentro da represa
Para ter o que quero, sacrifico um tanto
Faço de tudo, eu nem sou santo
Só não quero ser mais um rosto
Atravessando a Rio Branco

Dia e noite, bar em bar
Toco e canto, se forem me pagar
Sem dinheiro nem pra me sustentar
Tento brincar de viver

Viver esses dias atrás de uma mesa
Ser mais um engravatado numa empresa
Uma farpa qualquer dentro da represa
Para ter o que quero, sacrifico um tanto
Faço de tudo, eu nem sou santo
Só não quero ser mais um rosto
Atravessando a Rio Branco

Escolhi a estrada dura
De intenções puras
Sem arrependimentos
Ou amarguras
É que nem dá

Para viver meus dias atrás de uma mesa
Ser mais um engravatado numa empresa
Uma farpa qualquer dentro da represa
Para ter o que quero, sacrifico um tanto
Faço de tudo, eu nem sou santo
Só não quero ser mais um rosto
Atravessando a Rio Branco
____________________________________________

Estrelas Cadentes

O mundo inteiro pede um minuto de silêncio
Pense num momento de paz e corra atrás

Ventos inventam uma maneira
De refrescar a cabeça da multidão

O Universo é mais que um verso ou estrofe
É a poesia inteira, é apenas poesia

Há quem faça um pedido quando uma estrela cai
Há quem faça um pedido a cada sol que nasce
Há quem queira pedir sem nem saber o quê

Um mundo inteiro oferece uma hora de conversa
Mas esse mesmo mundo deve um minuto sem palavras

Ventos inventam aventuras para os bem-aventurados
E o Universo nem é mais do que uma simples poesia

Há quem faça um pedido quando uma estrela cai
Há quem faça um pedido a cada sol que nasce
Há quem queira pedir sem nem saber o quê
Há quem queira viver como está
Há quem queira viver
Sem se perguntar
Sobre as estrelas cadentes

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Indecisões

Sério que é assim difícil tomar essas merdas? Pensei que fosse tipo um comprimido: bebe alguma coisa que fica mais fácil de engolir. Ah, cara, tudo dando certo e errado ao mesmo tempo, então nem quero reclamar. Digamos que estamos quites?

Quatro Paredes

Meus olhos testemunham contra mim
Meu mundo nem sempre foi tão feio assim
Paredes de espelho refletem a vida entre quatro paredes
Entre quatro paredes

Os olhos que julgam sempre tão distantes
Exilados de um cenário tão deselegante
Paredes de papel e a chuva derruba um lar
E suas quatro paredes

O mundo precisa de heróis
Mas ninguém quer sê-lo agora
O mundo precisa de heróis
Mas ninguém quer perder
As próprias quatro paredes

O que um dia foi um lar
Hoje é cercado por muros
Um furo nas meias da esperança, criança

Os olhos que julgam, sempre tão distantes
Distantes da vida real, isolados, entre quatro paredes

domingo, 21 de setembro de 2008

Nem percebi.

Esse blog tem mais de um ano! Sério? Que desatenção!
Um ano com essa merda aqui e vejo que estou tão confuso quanto quando comecei a escrever aqui.
Só percebi que tô escrevendo um pouquinho melhor, desde que comecei a escrever.

E a minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota façamos um trato
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato

Filha da puta! Cara, se um dia eu conseguir escrever como esse cara, sério...
Bem, tô tomando uma ou duas decisões arriscadas. Que assim, Deus me ajude.
Vou botar algo que escrevi, como (quase) sempre.

Frases Vazias

Sem título, atravesso o mundo
Não tente me guardar num resumo
Sou uma palavra sem rumo
Expressão perdida na tradução

Duplos sentidos, se digo "Te amo"
Te engano com uma vida de mentira
Termino, aos prantos, o que um dia for amor
Pra saber se a dor foi por nunca ter amado
De verdade

Eu caminho por uma velha estrada
Que nunca esteve em meu caminho
Sou bicho sozinho procurando por abrigo
Estou em perigo, um dia posso me encontrar

Desambiguo as frases que usaria
Para um dia te enganar
Te mimo, aos prantos, com o que um dia for dor
Pra saber se o amor é apenas cura
Que te segura da dura queda

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ô, doença.

Doente há mais de uma semana. Esse semestre vai ser foda.

Já não há mais volta, né? Te amo... Te amo, Sarah!

Agora vamos falar de outras coisas? Não escrevo faz algum tempo, não estudo direito faz algum tempo, também. Minha vida tá meio improdutiva, apesar do período de eficiência pelo qual eu passei há alguns meses.

Tentei escrever algo, mas deve ter ficado uma merda, hehe.

Mapa Para Algum Lugar

Os ventos pararam e estou no meio do mar
Perdi meu norte, a sorte é quem vai me guiar
Leme à deriva - um barco prestes a afundar
Lê-me e se esquivas das entrelinhas que eu teimo em guardar

A minha tripulação é feita de rum, sonhos, paixão - ilusão
O que restou da minha vida está numa garrafa perdida
No meio do mar para, um dia, alguém encontrar

O canto das sereias insiste em me chamar
Aconchegante e sereno, rouba, com a calma, meu ar
Afogo tranqüilamente, pois sou marinheiro sem lar

Pirata sem ouro e sem rumo
Sem fumo, apenas desilusão
No meio do mar para, um dia, alguém encontrar
A já esquecida carcaça que carregou com a vida
Um mapa para algum lugar

domingo, 31 de agosto de 2008

Posso até estar fazendo alguma coisa errada

Mas é o meu erro mais certo...

Te amo! <3
KIWT

Guerra e Arte

Entre canivetes e palhetas
Entre três sets e a derrota
Match point e a conquista
E a vista de cima do pódio

Entre a arte e a guerra
Os magoados e feridos
Entre o amor e o suicídio
Os que viveram e os que não deram sorte

Viver a vida sem pedidos é pedir demais
Temos tudo o que queremos e então queremos mais
A vitória e o azar ficam fora dos anais

Entre as quatro paredes
E quatro pontos cardeais
Câmeras do Big Brother
Brother, deixa isso pra lá

Lá vem a Arte da Guerra
Que erra na arte de pecar
Pra cada pecado novo
Movo uma redenção

É que nem todos temos solução

Mas viver a vida sem pedidos é pedir demais
Temos tudo o que queremos e então queremos mais
A vitória e o azar ficam fora dos anais
E até as catedrais são escândalos de jornais

sábado, 16 de agosto de 2008

Relaxaí, fuma um cigarrinho...

... Temos muito tempo pra desperdiçar.

Já virou obsessão, o que um dia foi paixão.
Já virou dor, o que um dia foi amor.
Já virou agonia, o que um dia foi poesia.
Já está morto, o que um dia nasceu torto.

"Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo, mas não há mas muito tempo pra sonhar."

Você é o meu sonho. Eu não tenho tempo pra sonhar, mas, por você, eu vou encontrar algum...

O Pintor

Pinto os céus pensando no luar
Em que finalmente vou te encontrar
No soar das doze badaladas

Pinto seu rosto pensando no agora
A hora em que você seria minha
E sozinha não estaria minha sombra

Quadros contam sonhos
Sonhos contam as horas
Pra virar verdade

Tintas viram cores
Cores viram vida
Que um dia nascerá

Um dia minha fúria
Derrubará a pintura
E a moldura quebrará

Você estará livre
Pra me encontrar

domingo, 10 de agosto de 2008

And yet i fight, and i fight...

É chato ver os sonhos escorrerem pelas mãos como areia ou diarréia...
É chato...

Vertigem

Sonhar é o bastante, não obstante vida
Revida com o olhar severo da realidade
E na verdade sofre com a desilusão
A miragem que acorda se torna depressão

A diferença entre afundar e afogar
É a vontade de voltar
É a vontade de lutar

A diferença entre se atirar e voar
Não é ter asas, é saber usar

As suas asas
As suas armas
As suas escolhas

A diferença entre o abismo e o abuso
É o desatino do valor
É o destino da dor

Às suas pressas
As suas presas
As suas promessas

Todas elas me machucam

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Virou um hábito?

Sem muita vontade de sair de casa. Sem muita vontade de muita coisa, queria o pouco que não posso ter. Não peço por muito, não. Quero que os meus venenos anti-monotonia me curem dessa dor no meu sangue. Corrompam cada célula, arranquem toda a certeza, tudo que é tão certo e tão falso que eu carrego comigo.

"Isso não dura pra sempre, algo vai dar certo."
É. Eu sei. Infelizmente eu sei. O que eu sinto no momento é errado. Acho que nunca me senti tão bem.

HCN

Tento aproveitar a sombra do quarto vazio
Tento aproveitar a pouca luz sozinho
Muitos vêem e trazem a solidão
Pra me salvar de mim mesmo
Por falar de mim mesmo
Sinto náuseas do espelho

Tento aproveitar o meu desperdício
Tento aproveitar a dor do meu vício
Muitos vêm e trazem a solidão
Pra me salvar de mim mesmo
E pra salvar a mim mesmo
Mais uma dose de veneno
Meu corpo estará pleno
Minha mente salva

Pra continuar a correr
Atrás do próprio rabo
Como um cachorro otário
Eu prefiro morrer

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Putz! Ainda esqueci algo!

Deus, esqueci de falar de um amigo, que nem me pediu nada e vai ficar surpreso com isso, que tá escrevendo pra caralho! Ele me bota no chinelo e ainda joga o chinelo no lixo! Hahaha

Porra, Tri, parabéns porque o que tu tá escrevendo tá foda...

http://frenesimental.blogspot.com/

Ok! Música, tá? Mas não é minha...

Breakin' Down

What was it you once said
That there would be things in life that couldn't be
Not for a second did I believe you
Not for a minute did I believe that

Within your need you lie alone
This empty space you call your home

If you just let me in
I wouldn't let you break down
'cause I'm breakin' down

As if you thought the rain could wash away the day
And could heal you
Not for a second did I believe it
Not for a minute did I believe that

Within your need you lie alone
This empty space you call your home

If you just let me in
I wouldn't let you break down
'cause I'm breakin' down
If you just let me in
I wouldn't let you break down
'cause I'm breakin' down
I'm breakin' down

What was it you once said
That there would be things in life that couldn't be
Not for a second did I believe you
Not for a minute did I believe that

If you just let me in
I wouldn't let you break down
'cause I'm breakin' down
If you just let me in
I wouldn't let you break down
'cause I'm breakin' down
I'm breakin' down

Não consigo mais pensar direito

Sabe quando tem alguém que já tá importando mais do que você gostaria? Pois é.
Me incomoda um pouco sentir esse tipo de dependência quase doentia, essa vontade de desaparecer junto com a própria respiração.

Não como direito pensando nesse alguém. Não durmo direito pensando nesse alguém.
Vou me afundar de novo?
É... Acho que não aprendo essa lição.

Diária Mente

Todos os dias eu vejo o Sol nascer
Todos os dias eu me ponho só
A noite chega e com o céu eu sumo em degradée
Como quem volta às cinzas, como quem vira pó

Você me fez entender que
Solidez é quase uma solidão
Te conheci e caí de joelhos

Todos os dias eu olho as estrelas brilharem
O brilho que falta aos meus olhos
A noite se vai com medo da luz
Como quem nasce das cinzas, quem renasce do pó

Você me fez entender que
Ser singular não impede de ser plural
Me contradisse tantas vezes

domingo, 20 de julho de 2008

Tristeza não tem fim...

Felicidade s.. PORRA! MÚSICA ESCROTA! QUERO ALGO MAIS ALTO-ASTRAL!!!

Impressionante que quanto mais corretas forem minhas atitudes e quanto mais "certinho" eu for, MAIS MERDA APARECE!

Ah, vá se foder... E sim, eu tô enchendo esse post de palavrões, porque eu não consigo, e nem quero, me conter.

Saudades

Agora os meus olhos se desfazem das lágrimas
E jogam pra fora, com elas, tudo o que se vê
Todas as memórias, dores e histórias
Toda essa lenga-lenga, essa novela da tevê

Saudades só dá de vez em quando
Quando eu estou parado no canto
Do quarto, canto os roucos versos
De quem tem muito a dizer

E jogam pra fora tudo o que sentiram
Todos os mitos, as brigas e atritos
Toda essa manchete do jornal de domingo

É tarde e a respiração é breve
Me serve quando estou no canto
Do quarto e, aos poucos, meus versos
Têm muita rima pra berrar

É tão tarde pra sentir saudades
E é cedo pro rochedo partir
Com a água do mar
Que carrega todo o ar
Que um dia foi meu

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Novamente.

Estranho, né? Quase um mês sem postar nada novo e agora posto duas coisas no mesmo dia.
Esse turbilhão de emoções, essa dúvida, PUTA MERDA, é foda. É muita coisa que eu tenho que administrar, é muita responsabilidade. Não posso fingir que algumas coisas não são comigo.

ENFIM.

Ao que interessa? Rs.

A Cidade

Acontece que eu queria ser um espectador
Mas parece que eu sou ator dessa trama
Eu participo desse drama, dessa tragédia grega
E eu sinto que só posso
Ver a cidade desabar

Decidi entrar numa estrada como eu puder
Decidi entrar numa estrada nem que seja a pé
Eu participo de um drama, de uma tragédia profana
E me parece que eu só posso
Me parece que eu só posso ver
Essa cidade desabar
Ver a cidade desabar

Na nossa escassez
Na nossa guerra civil
Na nossa história
"À nossa" e bebe!

A cidade vai desabar
A cidade vai desabar
E eu não posso ver!
Eu não consigo nem olhar
A cidade desabar

Ah, o descanso

Nada como aquela sensação de um dever cumprido. Consegui fazer uma boa campanha nesse semestre. Ponto.
Agora eu tô de férias, relaxado, meio importunado com essa falta de paz na vida amorosa. Acontece, mas eu lembro do doce tempo em que o problema era Conseguir Garotas e não Administrar Garotas. Ô, tempinho bom.

Já levei uma dura! Tava abandonando esse blog! A verdade é que tô com essa falta de inspiração! Uma espécie de Teníase que ataca meu estômago para a criação; Que drena minha fertilidade de escritor.
Meus últimos textos estão um lixo! Um LIXO!
Tentarei compensar agora, mas acho que nem rola.

O Fim Do Túnel

Lampiões e ratos espalhados
Terra por todo o local
Ecoa um grito, um pedido de socorro

Paz é relativa

Tem quem queira entrar no túnel
Só para ver a luz no final
Tem quem queira entrar no túnel
Tem quem queira a luz

Um coração costurado já não é mais um coração
É uma colcha de retalhos que sangra como nós
Um coração costurado antes se fez em pedaços
Só pelo prazer da cicatrização

Paz é relativamente fácil de se alcançar
Paz é relativa, a mente facilmente alcança
Paz é relativa, é primitiva
É simplesmente paz

Tem quem queira entrar no túnel
Só para ver a luz no final
Tem quem queira cair num buraco
Só pra se machucar
Tem quem queira a luz
Tem quem queira a luz
No fim do túnel

domingo, 29 de junho de 2008

Trabaaaaaalha, porra!

Estudar dá um trabalho, hein.. E, antes de mais nada, feliz aniversário, Débora!! Tudo de bom pra vc! Te quero bem!
Quero estudar mais um pouco pra minhas duas/três próximas provas. Espero que hajam três.
Escrevi algo novo, também. Espero que esteja bom.

Fazenda De Formigas

Paredes de vidro, gaiolas de circo
Reality show que grava nossos banhos

Mais um rebanho, cabeça de gado
Se distraindo nas filas do banco

Como fazendas de formigas
Com um menino espectador
Como formigas

Andamos na linha, pois a estrada é estreita
Perfeita caminhada à lugar algum

Andamos em bando, pois não há lugar algum
Em que possamos ser nós mesmos

Pois nas fazendas de formigas
Eles nos vêem trabalhar
E pesquisam a nossa vida
Depois vêm nos dissecar
Como formigas

Temos alma, temos sangue
Temos uma vida inteira pra usar
em vão

Como formigas na fazenda
Como formigas na merenda
De um menino espectador
Andamos em fila até a hora de morrer

domingo, 8 de junho de 2008

Momento Revolta

Agora sinto um medo infantil, mas na hora certa afundaremos o navio.

Tem algo de errado comigo. Sempre teve, mas agora eu tenho certeza. Sinto uma certa pressão que eu não posso aliviar em ninguém e isso é foda. Conseqüências e repercussões enormes e responsabilidade em dimensões assustadoras. Juro que estou com medo. Não sei se estou pronto pra ser Peter Parker.

Não pensei que me envolveria com algo assim.
Boa sorte pra mim.
Melhor: boa sorte para nós.

Duas coisas que escrevi e que nem acho que ficaram boas.

Hipocrisia

Reza uma prece na pressa e se acha um devoto
Condena uma maioria com a minoria dos votos
Leva uma vida de lavagens cerebrais
E nunca pensou em se lavar

Limpar o sangue que não está em suas mãos
Pois encontra prazer no sofrer de outrem
Está cego e se recusa a ver
Que a visão vai mais além

Trafica idéias que não são suas
Estupra o que não é sua cultura
Mata sem saber que morre por dentro
É detento de uma prisão que decidiu criar

Hipocondria e por isso hipocrisia
Quase um doente mental
Hipocondria e por isso hipocrisia
Hipócrita
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Cegueira

Minha visão está embaçada, acho que vai chover
Já não posso ver a estrela que nos guia
A apatia que o ser cria é desculpa pra não agir
Desculpa por partir, mas eu já perdi o trem das onze

Quantas vezes eu mostrei que me interesso?
Só te peço que esteja ao meu lado, não me deixe
Sou desses inseguros que têm medo de altura
Vai que o balão fura e o tombo me machuca

Queria ver a estrela que mostra a direção,
Que me diz onde eu acho a origem, o centro
Bateu o vento e minhas folhas voaram
Mas minhas raízes me impedem de voar

Perdi minhas folhas com as contas pela metade
Tá meio tarde já nem vejo mais quem sou eu
Perdi a minha conta e não sei onde parei
Tá meio tarde e escureceu

Eu não tenho medo de escuro
Mas me ajuda: só quero enxergar
É meio infantil, mas te asseguro
Que eu só quero encontrar o meu lugar

Eu não tenho esse medo do escuro
Perdi minha conta em qualquer lugar
Um, dois, três, cinco, meia
Mais meia hora e a luz vai voltar

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Talvez seja a consciência pesada...

Talvez seja o sangue judeu. Talvez seja Alice In Chains tocando demais no meu Media Player.
Quem sabe?

Às vezes penso se não é essa sociedade que cria pequenos indivíduos perfeccionistas e depressivos, mas logo lembro que este sou apenas eu. Vejo que sou metade do homem que já fui um dia e o que eu sinto é a manhã que disaparece entre o cinza de uma fotografia do que ela já foi.
Nem essa idéia foi original, haha.

Mas escrevi algo novo. Algo que é claramente meu, mas não me orgulho desse "claramente meu".
Não me envergonho dele, também. Só acho que poderia escrever algo mais alegrezinho e menos revoltado.

Culpa

Só procurei um meio de calar a boca da minha consciência
Nem ela tem o direito de martelar sentenças e julgamentos

Justiça muda de uma mente embriagada não é ouvida
Nem considerada seria se eu tivesse opção

Doses letais do que me faria esquecer
"Derrama, Senhor" e me livra dos pecados
Essa culpa já me aflige há tempos

Só procurei calar minha boca e pensar pela segunda vez
De primeira a gente erra e julga rápido demais

Justiça muda e mente quando embriagada
E os ouvidos nem consideram opções

Esquecem injeções letais no armário
"Derrama, Senhor" e a glória lhe será paga
E essa culpa já me aflige

Há tempos carregamos as nossas cruzes
E o peso só aumenta com o Tempo

E só o tempo passa
Mas a culpa passará
Só o tempo passa
E a cura chegará?

sábado, 24 de maio de 2008

Belíssimo show.

Acho que estou virando um fã da banda.
Teatro Mágico, após o terceiro show, finalmente me encantou e agora recebe título de influência musical e eu, agora, me dou o título de fã!
Bom, muito bom mesmo.

Agora, eu, ontem, não pude deixar de sentir falta de uma amiga, de uma mulher, por quem já senti muito. Não nego. Negaria se tivesse forças, talvez na esperança de despertar uma paixão culminante a partir da falta que eu, gostaria que, fizesse a ela.
Cá estou, me distanciando do sentido. O lance é que eu estou devo estar cedendo ao delírio, ou, ao menos, estou com uma febre que se recusa a me deixar. Não sei se ela é leitora ocasional ou assídua, nem mesmo sei se ela é uma leitora, mas eu TENHO que publicar isso aqui.
São meus delírios. Meus devaneios. E meu lápis é meu florete.

Floretes & Devaneios.

Miragem

Eu fui naquele show daquela banda novamente
E tinha esperanças de te encontrar
Mesmo ouvindo a tua voz dizendo que não ia

Ali estava o Teatro Mágico só para iniciados
Ou raros: raros eram meus momentos de paz
Pois enquanto meus olhos viam você

Minha mente mentia pra mim
A minha vista deletava tua imagem
Mas não foi bem assim
Eu estava deleitando uma miragem
Que foi feita pra mim
Feita pra mim
Feita por mim

É que eu vejo o teu rosto nas moças
Com quem eu já deitei
E vejo tantas moças que dos rostos
Eu já nem sei

E eu já nem sei se eu já cheguei a te ver
Se aquela era você, não sei dos teus cabelos ruivos

Minha mente mentia pra mim
A minha vista deletava uma imagem
Mas não foi bem assim
Eu estava deleitando tua miragem
Que foi feita pra mim
Feita pra mim
Por mim

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Algo diferente

Vi uma placa, quando tava passando por um lugar muito comum, sabe e percebi que era uma daquelas sabedorias de estrada.
Eu olhei pra uma placa que dizia "Não estacione ao longo da via" e tentei imaginar se um "d" se encaixava lá. Foi quando decidi prestar atenção à simbologia dessas placas, dessas frases de lanchonetes e bares e botecos e lares, enfim.
Só me fez pensar. rs
Só me fez pensar.

Me fez pensar se eu devo ler essas "palavras escondidas nas entrelinhas do horizonte desta Highway".
E pensar que até hoje eu só quis ler as entrelinhas de UMA mulher...

Placas

Passeando pelas ruas de uma cidade esquecida
Vejo placas enquanto ando na contra-mão
"NÃO ESTACIONE AO LONGO DA VI d A"
E eu, então, troquei de marcha

Essa mesma placa dizia que eu não pertenço
E então eu penso "Pertencer pra quê?
Se, na vida, tudo tem um fim
Pra que me prender?"

Eu sento e leio "Volte sempre" e "Obrigado"
Me agradecem e isso não é do meu agrado
Quando não faço nada, eu sento e leio
Me sinto cheio disso tudo

E essa mesma placa dizia que eu não pertenço
E eu penso, penso e penso
Se, na vida, tudo tem um fim

Mas, às vezes, um sinal vermelho me faria parar
Mais um desses sinais que eu avanço
E não ficam pra trás

Mas, talvez, um sinal vermelho me fizesse parar
Mas esses sinais que eu avanço nunca ficam
Nunca ficam pra trás

terça-feira, 13 de maio de 2008

Já era hora...

Já pensou num texto homônimo ao blog?
Pois é: chegou.
Enfim, tô confuso, tô meio mal, mas não dou muito a mínima, não...
Tenho feito um pouquinho mais de merdas, mas é porque sem elas eu não aguentaria...

Palavras

Os jovens fazem um novo português
Onde "amo você" é complemento vital
Há uma nova gramática outra vez
E digo pra vocês que é tão normal

Quase sempre, quando algo dá errado
O culpado é "sujeito inexistente"
Anotações e rabiscos aqui do lado
Estudamos a linguagem e de repente

Talvez eu ande trocando os verbos
Mas é que eles não param de andar
E nadam pelo vazio da minha mente
Que, quando cheia, tenta esvaziar
Palavras

Você é o objeto direto da minha afeição
Você é intransitível
Te odiar seria um erro de sintaxe

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ontem a noite eu conheci uma guria...

Já era tarde, era quase dia.

Hahaha, nada como Piano Bar.

Enfim, tenho escrito, tenho cantado, tocado e agora me sinto um pouco melhor, sim, sabe...
Velhas paixões, novos corações, mesmas confusões.
Já deixei de estar confuso alguma vez na vida?

Noite de Luar

Eu sei, não sou o único a duvidar do que faz
É tão comum olhar pra trás na hora de deitar

Não existe essa coisa de viver com harmonia
Não existe luz do dia que nos poupe dessa agonia
Desse dia que começa

E essa noite que não acaba, esse sono que não chega
Desse sonho que não tenho, acordo todo suado
Eu fico horas e horas sozinho
Eu fico vagando pelo teto com o olhar

Não existe essa coisa de dizer que já sabia
Não existe harmonia na escolha desses versos
Decidia por palavras melhores
Decidia sem ter certeza

E essa noite que não acaba, esse sono que não chega
Desse sonho que não tenho, acordo todo suado
Eu fico horas e horas sozinho
Eu fico vagando pelo teto com o olhar

Essa noite não acaba, e o bar não esvazia
Não pretendo voltar até estar de dia
Eu fico horas e horas com a tua companhia
Eu fico vagando pelas estrelas com o olhar

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O que só nós dois sabemos já não é mais segredo!

Preciso beber qualquer coisa, você sabe que eu preciso...

Estou desanimado com tanto, animado com poucas coisas, mas, sem dúvidas, mais velho!!

Trilha

És vazia a mente que se mistura com o ar
Isso tudo é coisa da gente
Se dê um tempo pra pensar

Não adianta fazer maratona no deserto
Quando não há ninguém por perto
Não é nada esperto
Se deixar abater pelo sol que castiga
A vida e abriga a visão e o caminho
Da trilha

Estou cego, pois há pouca luz
E a claridade não se faz
Presente

És tão cego, pois há tanta luz
E a claridade ofusca meus olhos
Que se fazem ausentes

Não adianta seguir em frente
E de repente perceber
Que muito ficou pra trás
Não adianta atropelar barreiras
Ultrapassar fronteiras
Se a corrida não satisfaz
Tanto ficou pra trás
Na velha trilha

Um thriller, esse não saber o que fazer
Há milhas eu perdi a capacidade de saber
A vontade de entender, a vontade de vencer

Não adianta fazer maratona no deserto
Quando não há ninguém por perto
Não é nada esperto
Não adianta seguir em frente
E de repente perceber
Que muito ficou pra trás
Na nossa antiga trilha

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ser ou não ser:

Furar olho ou não furar? Eis a questão...

Um Final De Semana

Já caio no tédio de um clima surreal
De sete domingos por semana
Vida de cama pro bar, do bar direto pra cama
Já não me é mais tão legal

Eu não escrevo as palavras que dizia
Eu dizia tantas coisas e não há o que escrever
Não há o que dizer
Não há o que viver

Toda noite é sábado e
Todo dia é domingo de manhã
Acordo acabado, de tarde me recupero
Pra de noite voltar à ação
Toda noite é sábado

Já caio no tédio de um clima tão morto
De sete missas por manhã
Vida de bar em bar, da mesa direto pro chão
Já deixa de ser normal

Eu não escrevo as palavras que dizia
Eu dizia tantas coisas e não há o que escrever
Eu já não vivo os poemas que eu fazia
Eu fazia poemas e agora não vivo

Toda noite é sábado e
Todo dia é domingo de manhã
Acordo acabado, de tarde me recupero
Pra de noite voltar à ação

Toda noite é sábado e
Todo dia me parece igual
É porre em cima de porre
Com uísque nacional

Eu não escrevo as palavras que dizia
Eu dizia tantas coisas e não há o que escrever
Eu já não vivo os poemas que eu fazia
Eu fazia poemas e agora não vivo
Mas o sábado de manhã mais o sábado amanhã
Já não me parecem mais o final de semana
____________________________________

Planos

Venda sua venda, muita gente pagaria
Pra não ver o nascer de um novo dia
E não testemunhar a covardia do mundo

Me alvejaram com alvejante
Limparam minha humanidade
Desinfetaram emoções
Ando brincando com a verdade

Que seria a linha tênue
Entre o certo e o que a gente faz
Muita gente só percebe que erra
Quando para e olha pra trás
Os erros ficam claros
Quando deixam de ser planos

Venda sua alma, muita gente compraria
Almas vazias pra quitar os débitos
Com o Diabo, Deus e o mundo

Triste é quando
A banda abandona o dono
Como quando a música passa
E a paixão dá lugar ao sono

A verdade é que todos sabem
Distinguir o certo do errado
Muitas vezes, muita gente nem liga
E deixa os erros de lado
São esses erros que ficam claros
Escondidos em segundo plano

sábado, 19 de abril de 2008

Entre a loucura e a lucidez.

Eu meio que me sinto um estrangeiro, sabe?
Um passageiro de algum trem que não passa por aqui, saca?
Meio que não passa de ilusão...

Tô sem escrever porra nenhuma faz um tempo, então essa merda nova aqui deve estar uma merda, mesmo...
Mas vou postar, até por ser uma grande HOMENAGEM aos Engenheiros do Hawaii
Aqui, então, vai a minha viola

Minha Viola

Entre um rosto e um retrato
Entre o real e o abstrato
Um plágio tão original
Uma citação tão genial

E eu me sinto um engenheiro
Construindo algum trem
Que passou pelo Havaí
Que passou da ilusão

Minha vida toda eu tentei
Dizer o que não sei
A minha vida foi bebida
Cartas e o som que já tirei
Da viola e da garganta
Antagonistas das minhas notas
Vivo o som da minha viola
Olha só como é que é

Minha vida toda foi só minha
Enquanto os outros não usavam
Minha vida era tão sozinha
Enquanto ainda não voava
Na garupa das minhas cordas
Coragem pra decolar, meu bem
Vivo o som da minha viola
Olha o sol como é que é

Na garupa das minhas cordas
Antagonistas das minhas notas
Vivo o som da minha viola
E o sol olha pra ver como é
Brilhar

Na garupa da minha moto "zero dez"
Recordista das minhas notas baixas
Vivo o som da minha viola
Vivo o som da minha viola

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cento e dez...

Cento e vinte; Cento e sessenta. Só pra ver até quando o motor aguenta.

Eu tava bem mais calmo. Tão bem mais calmo que estava quase sem paixão nenhuma, tava sem inspiração nenhuma, tava a Cem e só isso.
Quero acelerar um pouco.

Razão
Postos à prova dia após dia
À prova de balas, mas não de agonia
Ponteiros no doze, bossa nova ao luar

O início de uma nova manhã nos traz
Eu vou à igreja, peco, rezo e tudo mais
Entardece a melodia de uma ferida ao cicatrizar

A cruz de Cristo leva um terço como hino
Mais um canino e eu fico com trinta e três
Dentes, ossos, carne do antigo messias
Vale tudo: quem coleciona, tem

Mas se um dia Deus me olhar de lá de cima
Verá que eu, há dias, já tenho razão
E quem adia a razão só reanima
Os esqueletos do armário da Ilusão

Religião, há tempos, anda assassina
Matou três quartos de um mundo na Inquisição
Se Deus ordenou que fosse feita uma chacina
Eu me converto: viro morto ou pagão

E se esse Deus me olhar torto lá de cima
Verá que, há anos, só vejo decepção
Falsos devotos pagam o metrô de ida, para os céus
Para que a vida tenha tido uma razão
__________________________________________________
Maquiagem
Sabe que eu nunca vi um deserto tão populoso
Tanta gente junta, tão pouca gente de mãos dadas

Uma selva de concreto com um abstrato tão perigoso
E, olha, nossas casas hoje viraram essas jaulas

Pintam as ruas com o sangue da nossa cara
Pintam as caras, dia a dia, para ir pra guerra
Pintam faixas, pixam muros tão seguros
De que isso vai mudar alguma coisa nessa nossa terra

Sabe que me assusta as nuvens estarem tão longe do chão
Arranham tantos céus que um dia os céus arranhariam essa ilusão

Uma selva de concreto com um abstrato que nos abriga
E essa briga já não é nossa, mas ela já está em nossa vida

Pintam as ruas com o sangue da nossa cara
Pintam as caras, dia a dia, para ir pra guerra
Pintam faixas, pixam muros tão seguros
De que isso vai mudar alguma coisa nessa nossa terra

Tatuagens em nossos corpos, nossos rostos têm maquiagem
E a viagem é que pra sair de casa
Precisamos nos cobrir com esse algo que nos disfarça

Pintam as ruas com o sangue da nossa cara
Pintam as caras, dia a dia, para ir pra guerra
Pintam faixas, pixam muros tão seguros
De que isso vai mudar alguma coisa nessa nossa terra
__________________________________________________
A Verdadeira Guerra Dos Mundos
Confuso, Confúcio confuso
Muito se sabe sobre a arte da guerra
Obtuso, caindo em desuso
É que nada se sabe sobre a arte da Terra

Só que são os dois lados da mesma moeda
Se dá a cara a tapa e a coroa se entrega
Dos espólios da batalha, nasce outra guerra
E de todos nós, Otários, não é Deus que se ferra

Morre um agora, morre um depois
E propina é um jogo que se joga a dois
Se tem um que compra, tem um que vende
Tem bandido dos dois lados se é que você me entende

Confuso, Confúcio confuso
Muito se sabe sobre a arte da guerra
Obtuso, caindo em desuso
É que nada se sabe sobre a arte da Terra

Somos dois lados e meio de meio jantar pra dois
Os que comem, os da fome e o comido feito arroz
Se não há nada pra comer, enche a barriga de bala
Trinta e oito, tamarindo: se não lutar, vai pra vala

Morre um agora, morre um mais tarde
E propina é um jogo que se joga com covarde
Sempre tem um pra comprar e tem um pra vender
Tem bandido dos dois lados e no meio está você

domingo, 30 de março de 2008

Sem paixão

Estou meio apagado, me sentindo um voto nulo de uma campanha sem importâncias e repercussões.
Sem dúvidas eu adoraria espairecer, mas não o faço por não encontrar motivos para isso. Minha vida está boa, sabe? Só que algo falta.
Ah, estou zen! Bem mais calmo do que de costume, bem menos agitado e tenho bem menos "paixão" no corpo.
Que droga, não?!

Números - Engenheiros do Hawaii
Última edição do Guiness Book
Corações a mais de mil
E eu com esses números?
Cinco extinções em massa
Quatrocentas humanidades
E eu com esses números?
Solidão a dois, dívida externa, anos luz
Aos trinta e três Jesus na cruz, Cabral no mar aos trinta e três
E eu? O que faço com esses números?
Eu? O que faço com esses números?
A medida de amar é amar sem medidas
Velocidade máxima permitida
A medida de amar é amar sem medidas
Nascimento e Silva 107
Corrientes 348
E eu com esses números?
Traço de audiência
Tração nas quatro rodas
E eu? O que faço com esses números?
Sete vidas, mais de mil destinos
Todos foram tão cretinos
Quando elas se beijaram
A medida de amar é amar sem medidas
Preparar pra decolar: contagem regressiva
A medida de amar é amar sem medidas
Mega, ultra, hiper, micro, baixas calorias
Kilowatts, Gigabytes
E eu? O que faço com esses números?
Eu? O que faço com esses números?
A medida de amar é amar sem medidas
A medida de amar é amar sem medidas
Velocidade máxima permitida
A medida de amar é amar sem medidas
__________________________________________
Chuvas De Março
Bem sabes que eu não sou à prova de balas
Eu choro e sangro e morro como um qualquer
Jogado, de pernas pro alto, no sofá da sala
Esperando um telefonema, um mal-me-quer

Bem sabes que eu não bebo e fumo à toa
Eu só tento acompanhar o ritmo da garoa
Bem sabes que eu só tento acompanhar
O ritmo

Dessas chuvas de março, mais parecem fagulhas
Agulhas com anestesia que dão "adeus" ao verão
As chuvas de março se vão e eu continuo aqui

Bem sabes que eu não sei de nada tão bem assim
É que eu não te conheço, só durmo na tua cama
Você trama um cenário onde não encontro fim
No fim eu já eu me perco na tua trama

Bem sabes que eu não bebo e fumo à toa
Eu só tento acompanhar o ritmo da garoa
Bem sabes que eu só tento acompanhar
O ritmo

Dessas chuvas de março, mais parecem fagulhas
Agulhas com anestesia que dão "adeus" ao verão
As chuvas de março se vão e eu continuo aqui

domingo, 16 de março de 2008

Não muito inspirado...

Me sinto um fracasso, uma fraude.
Não, não há motivos pra isso, na verdade tenho todos os motivos do mundo pra me sentir extremamente bem e, talvez, melhor sucedido!!!
Mas não é que eu me sinto mal?
Preciso de alguém...

2/3
Eu até te entendo,
Entendo bem, já que as coisas não têm dado muito certo

Te parece que o mundo não oferece tudo aquilo
Que aparece no comercial de pasta de dente

É que eu até entendo,
Quando o tumulto vem de longe e te traga tão pra perto
Tudo fica tão incerto, mas sabe

A vida é mais uma canção
Que ninguém sabe a letra
Mas canta junto

Faz anos desde a comunhão
E eu já perdi um terço
Do terço

Ainda tenho dois terços da vida pra recuperar
Ainda tenho dois terços da vida
______________________________________
Moral Da História
Já me disseram uma vez que a nossa vida não é um conto de fadas
É que a raposa não está verde, as uvas não estão tão longe
E a maçã não está envenenada

Vê se me entende, ô, Branca de Neve
Acontece que a vida nem sempre nos serve
Mas a gente se acostuma com os dias
Com os minutos, o ponteiro das horas começa a rodar

Já me avisaram sobre os lobos no caminho
Mas o atalho é tão seguro e eu já estou grandinho
Minhas decisões erradas são só minhas
Minhas decisões são minhas

Não vou dar uma de Bela Adormecida
A princesa está tão longe e eu já estou de saída
A vida é minha e o conto é meu
A moral da história já é problema teu

É que às vezes a vida não tem moral
E os contos são problemas

Já me disseram uma vez que a nossa vida não é um conto de fadas
É que a raposa não está verde, as uvas não estão tão longe
E a maçã não está envenenada

É que às vezes a vida só tem moral
Nas palavras de um poema

segunda-feira, 10 de março de 2008

Can You... Wank? ;]

Cine Odeon;
Maratona Odeon;
Irina Palm;
Nada mais a declarar...
Hahahahaha

Silêncio
O silêncio diz coisas tão simples
"Simplesmente" diz coisas demais
Se "foi demais", falamos de limites
Que ficaram pra trás

O silêncio diz coisas tão boas
E as boas coisas já não duram tanto
Tanto faz se é tão difícil
Permanecer em silêncio

Desliga o nosso stereo e escuta a melodia
Que os meus dedos insistem em te tocar
Escuta o que eu canto em tua boca
Escuta o que eu tenho pra falar
Em silêncio

Abaixa essa TV e me abraça enquanto eu tô
Com a minha programação fora do ar
Escuta eu dedilhando em teu corpo
Escuta eu dedilhando o que tenho pra falar
Em silêncio

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dias cheios e derramados

Eu me sinto tão velho quando me vejo veterano.
E pensar que já fui um calouro como esses que, graças ao meu Complexo de Dom Quixote, eu não estou assombrando. Acho que sou bonzinho demais.
Sabe, percebi que sou altamente não-politizado. Ao menos não aqui, nesse blog, veículo de informação estupidamente mal aproveitado...
Que ótimo! Eu poderia estar sendo tão chato tentando fazer a cabeça dos outros, mas NÃO! Cada um tem uma cabeça pra pensar por si próprio. Não quero empurrar sofismas e paradigmas para os encéfalos alheios.
Tenham um bom dia! =)

Constante Contradição
Me explica como eu posso ter um fim
Se eu já perdi os meus princípios
Minhas duras frases de adolescente
Me acertam em cheio no meio da cara

Me ensina como se segura a palavra
Que os pulmões insistem em expulsar
Se há projéteis nos pingos dos I's
E o corte do T não pára de sangrar

Diga que é normal eu me perder em meu trajeto
Se o correto já não me é o usual
Diga a emoção de viver o conceito
Imperfeito de ser uma constante contradição

Me acolhe quando eu acordo dos meus sonhos
De jovem revolucionário, bem
É que as coisas não são bem como elas são
E nada é assim tão fácil

Me segura quando a chuva me arranca
Da cama e eu me desamparo pelos raios
Eu acho que a luz acabou
Me segura, que a luz acabou

Mas diga em que momento eu me perdi de meu caminho
Esse moinho já está rodando o vento
E diga a emoção de viver o conceito
Imperfeito de ser uma constante contradição

segunda-feira, 3 de março de 2008

Schoooool was out for summer!!

E voltei à labuta, f.d.p.!

"Então que se fouda! Enteinde?"
Pelé - em algum filme do Tela Class.

Sabe, eu passei por alguns momentos de cansaço, mas não foi um cansaço físico: foi tão mental, foi tão emocional, foi tão espiritual! Foi além da minha capacidade de existir e lutar.

E lá vão minhas palavras!

Balada De Um Romance Que Não Era Pra Ser
A gente sempre soube que nada nunca ia dar certo
Não fomos feitos um pro outro, mas estávamos perto
Esse romance tão impuro e demodé e, às vezes, até tão blasé
Talvez pudesse dar certo se dependesse do nosso querer

Mas seria pelos meus motivos errados
Coitados seríamos nós
A sós, delírios de dois corpos suados
Deitados, com a falsa sensação de estarmos seguros
No escuro

A gente nunca soube que poderia até dar certo, certo?
Não fomos feitos um pro outro, mas estávamos tão perto
Esse romance tão impuro e demodé e, às vezes, até tão blasé
Talvez pudesse funcionar e não havia nada a perder

E seria pelos meus motivos errados
Coitados seríamos nós
A sós, de lírios, nossos corpos cobertos
Abertos para a falsa sensação de estarmos seguros
No escuro

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Anti-absoluto

Me encontrava cada dia mais hermético e indiferente, o que seria fruto de com meus fracassados e inúmeros esforços de me aproximar dos outros.
A única cuja simpatia e beleza, de corpo e alma, fora capaz de cativar o afeto de alguém tão isolado, agora talvez se encontrasse nos braços de outro homem. Me enganava, eu, dizendo que ela me pertencia. Reerguido, olhando para cima, talvez para enxergar a desilusão, a mesma que me chutara, reiteraria meu engano, corrigindo pequenos equívocos causados por tempos verbais incorretos: ela, corrigindo, me pertenceria.
Entre as várias mulheres e drogas, lícitas, claro, e legiões de decepcionados e meias mentiras e meias verdades eventuais fracassos eu me perdia. E me fazia incapaz de me encontrar. Talvez realmente incapaz de me encontrar.

Meias Verdades
"Penso, logo existo"
"Quem acredita sempre alcança"
"Você é o amor da minha vida"
"A última a morrer é a esperança"
Nem todos sabiam a verdade que falavam
Com meias palavras provavam sentidos em meias usadas
O carinho das frases que massageavam as línguas
Das bocas amargas
Já é meia mentira quando as bocas se separam
Quão presunçoso seria dizer que "vim, vi e venci"?
Não se vence uma guerra se há corpos em nosso jardim
Seria errado dizer que vôo como uma águia com as asas de um colibri?
Minhas meias mentiras não dão nem uma verdade inteira
Nem tudo acaba num bar
Com um cigarro na mão
E um vinho derrubado no cinzeiro
Mas, quase sempre, um Refrão de Bolero
Mentiras tão sinceras, mentiras tão sinceras

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Eu não dou sorte, né?

Ah, foda-se.

I was walkin' in the streets tonight, just tryin' to get it right.
I've been seen with so many around
You know I don't like being stuck in the crowd.
Well the streets don't change, but, baby, the names...
I ain't got time for these games, 'cause I need you!
Yeah, yeah, oh, I need you.

Desabafo
Apostando numa falsa idéia falsa de um falso amor
Se eu choro minha mágoa tão pouco sofrida
É pra curar esse ardor de toda a minha vida
E em meu leito me deito sozinho

E eu cansei de me vandalizar
Não sou animal pra trepar
Já não quero mais beber nem fumar
Nem pensar

Mas são a garrafa e o isqueiro que me abraçam
E são as meninas que me beijam e depois somem
Que me lembram, amor, que nasci homem

É o mais próximo de minha idéia distorcida de amor

Perdendo tudo numa idéia de um falso amor
Se eu já perdi esse meu auto-respeito
Foi pra esquecer desse ardor do meu peito
E em meu leito me deito sozinho
Mesmo com alguém

E eu já não quero mais me depreciar
Não sou animal pra trepar
Esqueço minhas idéias de amar
De amar

Pois são a garrafa e o isqueiro que me abraçam
E são as meninas que me beijam e depois somem
Que me lembram, amor, que nasci homem

É o mais próximo de minha idéia distorcida, meu amor

E são a garrafa e o isqueiro que me abraçam
São as meninas que me beijam e depois somem
Que me lembram, amor, que nasci homem

É o mais próximo de minha idéia distorcida de amor
Meu amor

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Nenhuma música melhor para a ocasião

Bon Jovi - Misunderstood
Should I? Could I?
Have said the wrong things right a thousand times
If I could just rewind, I see it in my mind
If I could turn back time, you'd still be mine
You cried, I died
I should have shut my mouth, things headed south
As the words slipped off my tongue, they sounded dumb
If this old heart could talk, it'd say you're the one
I'm wasting time when I think about it
I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, Did the best I could
Damn, misunderstood
Could I? Should I?
Apologize for sleeping on the couch that night
Staying out too late with all my friends
You found me passed out in the yard again
You cried, I tried
To stretch the truth, but didn't lie
It's not so bad when you think about it
I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good
It's you and I, just think about it...
I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
I 'm hanging outside your door
I've been here before
Misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good.
Às vezes a gente quer dizer uma coisa e diz outra. A gente erra...
Perdi uma amiga. Acontece.
[Momento de comédia pós-tristeza da postagem]
É UMA CILADA, BINO!!!!!
Hahahaha.
Enfim, me interessando por alguém. Aparentemente me faz bem, mas temo estar agindo de modo errado, querendo uma pessoa que talvez não devesse querer.
Mas gostei tanto dela! E a quero tanto!!!
Hahahahahaha
Ai, ai... Meus risos anti-choro são uma beleza.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Teus lááábios são laaabirintos..

Nada pra dizer, mesmo.
Talvez pedir desculpas às pessoas que magoei.
Desculpa. Eu realmente sinto muito.

Agora, por favor, Palavras.

Engenheiros Do Hawaii - Refrão De Bolero
Eu que falei: "nem pensar..."
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão
Mas eu falei sem pensar
Coração na mão, como refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser
Um erro assim tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E, quando acaba a bebedeira,
Ele consegue nos achar
Num bar
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzero,
E uma cara embriagada no espelho do banheiro
Ana Teus lábios são labirintos,
Ana Que atraem os meus instintos mais sacanas
Teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu entro sempre na tua dança de cigana
Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus amigos mais sacanas
Teu olhar sempre distante sempre me engana
É o fim do mundo todo dia da semana
____________________________________
Inciência
Tento desconversar certos assuntos pendentes
Entre eu e o espelho e meia dúzia de ausentes
Mas não pareço me desligar de umas vogais
E essas costumam me assombrar com esse tom de espanto
Que, aos prantos, me botam pra pensar

E eu reflito

E até quero conversar certos segredos entre a gente
Mas não consigo dispensar os inconvenientes
Presentes
E esses costumam me assombrar com esse tom de espanto
Que, aos falsos prantos, me botam pra pensar

E eu reflito

Essa grave incidência que refrata
Meu estágio de demência, tão chata é
Essa esquizofrenia que me faz querer pensar
Que as outras pessoas têm direito de achar
O que quiserem

E eu reflito

Essa grave incidência que refrata
Meu estágio de demência, tão chata é
Essa esquizofrenia que me faz querer pensar
Que as outras pessoas têm direito de fazer
O que quiserem

Essa grave Inciência

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

There ain't any Carnaval left...

Acaboooou!! Cabo Frio? Se foi! Estive longe, mas cá estou eu, pronto para mostrar um pouco das minhas palavras, até depois de minhas epifanias!
Não parece muito bom, isso, mas eu sei que existem momentos em que tenho que desistir de certas coisas e, talvez, certas pessoas.
Não posso basear minha vida, meu bem-estar, minha vontade de sair da cama, de um relacionamento tão sólido quanto eu sou, nos momentos em que a tristeza toma meu corpo.
É difícil, principalmente num momento em que estou MUITO bem, tomar essa decisão, tão súbita, tão frágil, tão facilmente retroativa e, talvez, tão burra. Mas sei que não posso me dar ao luxo de me sentir feliz com a Ruiva que mais me fez feliz, e miserável, diga-se de passagem, desde que me conheço por Nicolai Reis Castro. O nosso erro [e um castelo de areia onde somos a própria onda. Triste, porém quero fazer isso de uma vez. Não vou voltar atrás, não posso. Quero ainda ser amigo desta pessoa formidável, mas duvido que ela aceite. Duvido que ela me aceite.
Mas chega!
Minhas palavras, minha poesia, agora, por favor.

Horizonte
Me desculpe se eu não posso tocar o horizonte
Estou a sete palmos dos tiros e do fronte
E eu não posso seguir em frente
O sangue abraça minhas correntes

E o meu coração carrega as cicatrizes das chibatadas
Sou enforcado, às pressas, pelo nó de minha gravata
Mais um peão que morre nas próprias jogadas
Sou mais um escravo que trabalha de mãos atadas

Me desculpe se eu só posso fitar o horizonte
Estou tão longe e a névoa vem e corrompe
A paisagem das águas e das pedras
E esse meu corpo não recebe tréguas

O meu coração carrega as cicatrizes das chibatadas
Sou enforcado, às pressas, pelo nó de minha gravata
Mais um peão que morre nas próprias jogadas
Sou mais um escravo que trabalha de mãos atadas

Me desculpe se eu não posso tocar
Me desculpe se eu não posso mais ver
Me desculpe se eu só posso fitar
Esse horizonte em que você
Costuma ficar, liberdade além do mar

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

E eu ando tão dooooooooooooooown

O ano é novo, eu tô beeem melhor, mas estou tão na mesmice - PRECISO SAIIIIIIIIR.
Bem, não ligo: desde quando minhas vontades vêm em primeiro lugar? Pois é, então eu vou deixar rolar, como sempre deixo...

Eu não estou afim de falar nada, mas tenho algumas composições pra botar aqui...
Beijos, abraços, beijundas, abraçundas, apertos de mão, apertos de b.. err, tchau.

Ilusão
Não tenho nada a perder, nunca tive ninguém
Não sou do tipo sozinho, mas não sou só mais alguém
Nem todo homem é de Krypton, já devia entender
Não sou nem um pouco invencível, mas sobrevivo a você

Não tenho aço nos braços, mas tenho minhas mãos
A minha fúria é luxúria, é luxo, é tentação
Eu não carrego bandeiras, mas tenho meu brasão
Não sou um Super-Homem: eu não sou ilusão

Não faço o tipo herói, não quero aplausos
Não sou de criar muita encrenca, tampouco solução
Nem sempre visto minha capa e vou pra guerra
Não sou muito de começar, mas sou eu quem encerra

Não tenho super-poderes, nem um sorriso bonitão
Nem queria vigiar Gotham: traria muita pressão
Eu não carrego bandeiras, mas tenho meu brasão
Não sou um Super-Homem: eu não sou ilusão

E não tenho aço nos braços, mas tenho em minhas mãos
A minha fúria que é luxúria, é luxo, é tentação
Eu não carrego bandeiras, mas tenho meu brasão
Não sou um Super-Homem: eu não sou ilusão
_____________________________________________
Campo Minado
Aponte para mim de novo a sua lente
E agora aperte o gatilho lentamente
Veja a minha fração de segundo
Congelada para sempre em sua mente

Se a nossa guerra é fria, por que estamos tão quentes?
Temos memórias e planos, só nos falta o presente
Veja quem lhe prometeu o mundo
Lhe trair na sua frente, na sua frente

E nós estamos andando em um campo minado
Mas agora não é mais um jogo de computador
Você vê suas vontades sendo deixadas de lado
Mas eu só vejo a sua dor, minha dor, meu amor

E se a nossa guerra é fria, por que estamos tão quentes?
Temos memórias e planos, só nos falta o presente
Veja quem lhe prometeu o mundo
Lhe trair na sua frente

Pois nós estamos andando em um campo minado
Mas agora não é mais um jogo de computador
Você vê suas vontades sendo deixadas de lado
Mas eu só vejo a sua dor, sua dor, seu amor
_____________________________________________
Chuva
Nuvens cobrem este, que é um céu tão lindo
Seus dilúvios são mais fortes que um furacão
Mas eu não posso suportar

Seus olhos nublados
Sua boca chuvosa
Quando mergulho em seus rios aguados
Sinto cair a perigosa

Chuva, chuva: você chove e goza e me inunda
Chuva, chuva: gotas que você faz questão de chorar
Chuva, chuva: lava a alma e as feridas profundas
Chuva, chuva: o seu corpo é meu mundo e sua alma, meu mar

Navios e viagens e destinos fingidos
Maremotos e ciclones que me deixam sem ação
E eu me deixo levar

Por seus olhos nublados
Sua boca chuvosa
Quando me banho em seu corpo molhado
Sinto cair a gostosa

Chuva, chuva: você chove e goza e me inunda
Chuva, chuva: gotas que você faz questão de chorar
Chuva, chuva: lava a alma e as feridas profundas
Chuva, chuva: o seu corpo é meu mundo e sua alma, meu mar

Chuva, chuva: você chove e goza e me inunda
Chuva, chuva: gotas que você faz questão de chorar
Chuva, chuva: lava a alma e as feridas profundas
Chuva, chuva: o seu corpo é meu mundo e sua alma, meu mar
Chuva, chuva: você chove e goza e me inunda
Chuva, chuva: gotas que você faz questão de chorar
Chuva, chuva: lava a alma e as feridas profundas
Chuva, chuva: o seu corpo é meu mundo e sua alma, meu mar

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo

Bem, um ano se acaba e certos sentimentos se vão com ele.
Espero que esse ano seja melhor.
Vou deixar muitas, mas MUITAS coisas para trás, sem sentir vergonha.
Tem uma coisa, uma pessoa na verdade, que eu devia deixar para trás, mas nem vou... :)

Estou mais jovem no corpo, estou mais jovem na alma.
Me sinto mais bonito, me sinto mais inteiro.
Me sinto confiante e inteligente, além de altamente criativo.

2008? Ahh, 2008 promete!!

Auto-Retrato

Distúrbios de um artista decaído
D'um escritor sem coração rompido
E do cego surdo que não perdeu os sentidos

É um pintor que não tem mais tela
A chama perdida se perdeu da vela
E na escuridão já não não vejo a Bela

Seria inocência pensar
Que as borboletas são larvas?
Seria pleonasmo
Morrer sem as minhas bobagens?
Seria Sarcasmo? O que há de vir de um poeta
Que perdeu suas palavras?
Que perdeu as suas palavras

Futuros e derrotas, quem separa
É o vencedor que nunca mostra a cara
Amedrontado por letras que não param

Seria inocência pensar
Que as borboletas são larvas?
Seria pleonasmo
Morrer sem as minhas bobagens?
Seria Sarcasmo? O que há de vir de um poeta
Que perdeu suas palavras?
E perdeu suas palavras

E na escuridão eu já não vejo mais a Fera
O meu auto-retrato já não está mais na tela
Assino as minhas obras que estão debaixo da terra

Seria inocência pensar
Que as borboletas são larvas?
Seria pleonasmo
Morrer sem as minhas bobagens?
Seria Sarcasmo? O que há de vir de um poeta
Que perdeu suas palavras?
Quem perdeu as suas palavras?
E se perdeu em suas palavras
Se perdeu em mais palavras
_____________________________
Almirante
Almirante da alvorada
Rastejando pelo mar
Te encontro, Pacífico
Divagando devagar

Almejando a alma amada
Me rastejo pelo ar
Indico-te ao Índico
Quando ponho-me a nadar

Deita no mar, afoga as mágoas
Se deixa afundar
Sufoca o deserto, se enterra na areia
Estou dias mais perto
Deite no mar, afogue às mágoas
O barco vai zarpar
Não sou como antes, Tempestade de Areia
Porém Almirante

Deita no mar, afoga as mágoas
Se deixa afundar
Sufoca o deserto, se enterra na areia
Estou dias mais perto
Deite no mar, afogue às mágoas
O barco vai zarpar
Não sou como antes, Tempestade de Areia

Me encontro. encontro
Encontro, encontro Almirante
Me encontro e conto
E conto: não seria como antes
Me encontro, encontro
E conto: me convenço Almirante
Me encontro, encontro
Encontro, encontro, encontro

Almirante