sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

There ain't any Carnaval left...

Acaboooou!! Cabo Frio? Se foi! Estive longe, mas cá estou eu, pronto para mostrar um pouco das minhas palavras, até depois de minhas epifanias!
Não parece muito bom, isso, mas eu sei que existem momentos em que tenho que desistir de certas coisas e, talvez, certas pessoas.
Não posso basear minha vida, meu bem-estar, minha vontade de sair da cama, de um relacionamento tão sólido quanto eu sou, nos momentos em que a tristeza toma meu corpo.
É difícil, principalmente num momento em que estou MUITO bem, tomar essa decisão, tão súbita, tão frágil, tão facilmente retroativa e, talvez, tão burra. Mas sei que não posso me dar ao luxo de me sentir feliz com a Ruiva que mais me fez feliz, e miserável, diga-se de passagem, desde que me conheço por Nicolai Reis Castro. O nosso erro [e um castelo de areia onde somos a própria onda. Triste, porém quero fazer isso de uma vez. Não vou voltar atrás, não posso. Quero ainda ser amigo desta pessoa formidável, mas duvido que ela aceite. Duvido que ela me aceite.
Mas chega!
Minhas palavras, minha poesia, agora, por favor.

Horizonte
Me desculpe se eu não posso tocar o horizonte
Estou a sete palmos dos tiros e do fronte
E eu não posso seguir em frente
O sangue abraça minhas correntes

E o meu coração carrega as cicatrizes das chibatadas
Sou enforcado, às pressas, pelo nó de minha gravata
Mais um peão que morre nas próprias jogadas
Sou mais um escravo que trabalha de mãos atadas

Me desculpe se eu só posso fitar o horizonte
Estou tão longe e a névoa vem e corrompe
A paisagem das águas e das pedras
E esse meu corpo não recebe tréguas

O meu coração carrega as cicatrizes das chibatadas
Sou enforcado, às pressas, pelo nó de minha gravata
Mais um peão que morre nas próprias jogadas
Sou mais um escravo que trabalha de mãos atadas

Me desculpe se eu não posso tocar
Me desculpe se eu não posso mais ver
Me desculpe se eu só posso fitar
Esse horizonte em que você
Costuma ficar, liberdade além do mar

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