terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Depois da tormenta...

... Vem a tormenta. A arte retorna como um grande tufão.
Vera e Estranhos, agora.

Vera (Verdade)

Marquises marcavam lugares por onde parei
Passaram-se bares por onde passei
E fiquei a ver a verdade mudar

Eu fiquei a ver a verdade fitar os seus olhos, Vera
Ela sorria sem ver, sem ver mal algum
Você me dizia que via a verdade e como as coisas eram
E elas não eram mais do que o normal


Descendo na Estação Cinelândia e subindo as escadas rolantes
Rolando de tudo à luz do neon das noites de sexta na Lapa

Eu fiquei a ver a verdade fitar os seus olhos, Vera
Você já me diz não haver mal nenhum
Prometi a você que veria a verdade e como as coisas eram
E elas se mostraram fora do comum

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(Estranhos) Estranhos

Alinhando os lábios, sempre à procura
Do filtro do cigarro entre um trago e outro
Labirintos armados por uma rua escura
Que espera o dia nascer

Atrás das grades está minha língua
Querendo fugir para tua prisão
Camas desarrumadas numa manhã tão cinza
Servem de abrigo para a solidão

Alinhando os lábios à procura dos seus
Entre um cigarro e outro, mais um trago
Sóbrios amargos, estamos à procura de Deus
Esperando o dia morrer mais uma vez

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