terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Não tenho muito pra falar

Verdade. Não tenho, mesmo.
Só não quero perder o hábito de escrever nesse blog. Faz bem escrever, faz bem desabafar, faz bem.

Queria só mostrar algo novo que saiu daqui de dentro. Talvez ninguém saiba onde seria "aqui dentro", mas todos podem ter uma boa noção, né? Enfim, queria também botar uma música que me faz pensar muito. Uma música que me recorda a um Nick tão antigo que eu até chamaria de Nicolai. É sobre um sonhador.

Dom Quixote -Engenheiros Do Hawaii

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.
Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
Tudo bem...até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer...ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
_________________________________
Seu Olhar

Eu vejo essa garota descansando ao olhar
O horizonte: a paisagem da sua vida que se molda
Ao seu olhar, ela o vê partir com menos de duas malas
E o seu olhar se entrega às lágrimas

De um falso amor, um devaneio da paixão
Um triste som: é só o ecoar da solidão

Caminho entre as armadilhas de um olhar
Que põe feridas em caminhos que eu moldo
Ao seu olhar, tento enxugar as lágrimas
Do seu olhar, que eu queria conquistar

Com um falso amor, um devaneio da paixão
Aquele triste som é o ecoar da solidão
Do princípio ao fim, um devaneio da paixão
Do princípio ao fim

E eu vejo você, garota, descansando ao olhar
O fim da estrada: e a vida toma um rumo que
Ao seu olhar, se faz tão fraco e tão tolo quanto
O seu olhar, que se joga nos escombros

De um falso amor, falso amor, falso amor
Que se esconde debaixo da saia
De um perdão, hm perdão, hm perdão
Não pretendia que meu pecado te iludisse
Com um falso amor, e faço amor, e faço amor
A fantasia é bem mais linda que
A realidade e a idade, e a idade
Não facilita as coisas
Mesmo com o seu olhar
Não facilito as coisas
Mesmo com o seu olhar
Mesmo com o seu olhar
Mesmo com o seu olhar

sábado, 1 de dezembro de 2007

Voltando, né?

Sabe, eu estive fora por muito tempo... Não, não foi minha decisão, em nenhum momento, mas foi uma consequência, esta, com que tive que arcar. Andei pensando em muita coisa, muita gente e tive até muito tempo para pensar nesse tempo, estando recolhido, e pude perceber que:

- Pra VOCÊ, sim, sim, sim! VOCÊ mesma, chata, dona do que restou do meu coração, nenhuma outra mulher se identificaria com minhas palavras, penso ingenuamente eu, uma mulher diáfana, bela e gostosa, no sentido mais puro da palavra: uma pessoa que me dá o gosto da palavra, da atenção, do pouco que pude tirar dela. Ela é você, sim. Enfim, digo...

Vi um Gato branco e de rua, ontem ao voltar pra casa, e resolvi dar um pouco de meu tempo pra ele, dar um pouco de meu carinho e vê-lo se sentir melhor. Levantei-me, após ter em mente que dediquei tempo, atenção e carinho suficientes pra que o felino sentisse o falso e duvidoso gosto de um amor inesperado, e parti. Poucos dois minutos e meio. E parti. Com o perdão da palavra, e com toda a modéstia, acredito que estivesse no lugar deste Gato, enquanto Você estava no meu lugar: o Gato, apesar de bonito e dono de um rosto de pesares e carências cujas súplicas eram tão frágeis que eram facilmente atendidas, era um animal de rua, sem classe, sem casa e sem futuro, ou destino. Eu, ou Você, sei lá, poderíamos escolher quaisquer outros Gatos e, no meu caso, já tenho uma gata em casa, e tenho há muuuuito tempo. Talvez eu só tenha sido esse Gato e Você tenha me dado seus dois minutos e meio de tempo, atenção e carinho. Queria mais, mas o Gato também...

- Pra minha vida, minhas escolhas: TRABALHO, hei de arranjar. Ter-lhe-ia adquirido há tempos, se não estivesse sem norte, sem rumo, nem falsas botas que me serviriam pra tornar minhas passadas menos pesadas, menos rasgadas e menos cheias de sangue. Faculdade? Sim, estou fodido e desta vez não darei falsas promessas nem verdadeiras. Apenas destinarei a fortuna de meu futuro trabalho para meu infortúnio escolar, que terá fim, ao fim deste ano.

- Pro meu desenvolvimento como pessoa: NÃO LHE DIGO NADA. Eu caminho, e caminho muito bem, entre trilhas e mais trilhas de desilusão e decepções, estas sendo frutos de meus atos, claro. Não lhe digo nada, pois sei que lhe diriges um caminho certo e um futuro sem dúvidas.
E que fique claro que eu quero isto apenas pra você, não pra mim: futuro sem dúvidas, faça-me o favor...