domingo, 30 de setembro de 2007

Éden caiu...

Meu coração estava sobrevoando territórios desconhecidos quando, sem saber por onde ou por quem, foi abatido, em vôo rasante.
O pobre coitado estava em missão de reconhecimento, olhando entre uma bela paisagem e outra, fixando seu olhar, atentamente, a algo inesperado, indescritível, que possuia atributos invejáveis e vontades e desejos indecifráveis: Éden não sabia o que fazer.
Éden tentou uma abordagem direta, porém logo foi metralhado, de frente, pela base fascinante. Desistência não era algo que o pobre músculo cardíaco conhecia, ou até mesmo cogitava em pensar! Continuou tentando a abordagem direta, sofrendo inúmeros ataques e sendo obrigado a recuar.
As coisas não iam bem para o nosso guerreiro: algumas tentativas, provavelmente, em vão. Este seria o fim? Nunca! Era apenas uma pausa para reparos leves, que o manteriam pronto e firme para as próximas tentativas! Não contava, pobre Éden, que seus esforços não trariam resultados e isto o obrigaria a mudar sua estratégia! Atirando contra o vento, pois este seria incapaz de apontar suas armas para o belo Hangar que se recusava a acolhê-lo, age blefando, tentando se aproximar usando de suas fintas, não muito bem treinadas.
Ao ver o novo estilo de aproximação, o Hangar entra em alerta, convocando toda e qualquer unidade em seu território para oferecer resistência ao "invasor"!!! Seria tão óbvia assim, esta reação? Éden jamais saberia, até mesmo porque Éden foi alvejado furiosa e incessantemente. Que azar: menos um coração no mundo.
"Antes um coração vazio do que um todo despedaçado". Malditas sábias palavras!!! Éden havia de ter aprendido isso antes.
...Mas nem depois de ser abatido ele aprendeu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Motivação

Motivos somos e temos.
Tenho razão pra fazer o que quiser. Temos.
Justificativa é o que não falta: depois do primeiro erro, o resto é reação. Certo?

Motivos temos e usamos.
Uso qualquer desculpa para fazer o quiser. Usamos.
Barreiras não nos faltam: depois do primeiro obstáculo, o resto é consequência. Não é?

Motivos usamos e agarramos.
Agarro qualquer verdade para fazer o que quiser. Agarramos.
Mentiras são tão freqüentes: depois de engolir a primeira, fica fácil aceitar as que nos cerceiam. Sabe disso?

Motivos, motivos, motivos.
Quando serão mais do que motivos?
Quando os motivos serão usados sem a finalidade de suavizar o
impacto de um erro?
Quando os erros deixarão de ser tão errôneos a ponto de
precisar de um desastre natural para terem a permissão de
acontecer?
Quando não precisaremos de Tsunamis para finalmente nos
tocarmos de que certos lugares precisam de ajuda?

Minha mente está tendo maremotos, Tsunamis e, tenho quase
certeza de que, foi abalado pelo Katrina...
... Mas, apesar dos motivos, tenho motivação.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Apenas um texto

Apenas um texto.
Uma idéia, ou falta de.
Com certeza sinto falta.

Díspar
Sou um cego que não ouve gritos
Sou um surdo que não pede ajuda
Sou um mudo que não vê os seus ataques

Eu sou um crocodilo sem lágrimas
Eu sou uma viúva sem lástimas
Eu sou um morto sem cova
Eu sou o crime sem provas

Tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare" pra mim
E tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare pra mim"
E eu vou parar

Sou um céu que não chora
Sou um mar que não chove
E sou um mal necessário

Sou um fogo que esfria
Sou um chão que desaba
Sou o mal necessário

Eu sou um crocodilo sem lástimas
Eu sou uma viúva sem lágrimas
Eu sou um morto sem prova
Eu sou o crime sem covas

Tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare" pra mim
E tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare pra mim"
E eu vou parar

Não espera por mim, por mim, nêspera
ó doce fruta
Não aja assim, assim não aja, ó naja
Ó naja, ó cobra

Eu sou um crocodilo sem cova
Eu sou uma viúva sem provas
Eu sou um morto sem lástimas
Eu sou o crime sem lágrimas

Tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare" pra mim
E tão díspar, dispare seu olhar
Díspar pra mim, diz "pare pra mim"
Que eu vou parar

domingo, 2 de setembro de 2007

Semana desgastante

Um movimento enorme no blog, né?
Estranho... nunca pensei que teria 7 posts em tão pouco tempo, mas tive.
É muita merda junta... hahahahahaha
Foda-se, acontece... nem vou pensar que só tenho problemas, pois agradeço pelo que tenho, que não é pouco.

Só é de extrema decepção ver que meus irmãos estão distantes...
Só é de extrema decepção ver que meu respeito é inconstante...
Só é de extrema decepção ver que minha adoração não é o bastante...

Minha atitude não é o bastante...
Nunca foi.

Meus feitos não são heróicos, não importa o quão difícil sejam.
Acima de tudo, não importa o quanto eu tente preservar a paz, ela sempre desmancha como um castelo de areia.
E é um castelo de areia, apenas...

Hiato
Estou entre vidas
E bem longe da morte
Em sensações esquecidas
Que independem da sorte

Estou entre ruas
E longe de casa
Em paisagens nuas
Usarei minhas asas

Estou entre amores
Estou entre passados
Estou entretido
Estou entrelaçado
Estou esquecido
Estou em hiato
Estou aqui perdido
Só mais um hiato

Entre desfiladeiros
E estradas marcadas
Estou no mundo inteiro
E em uma simples pousada

Entre dois lugares
E entre dois segundos
Entre edifícios
E entre bares imundos

Entre duas pessoas
Entre dois futuros
Entre o que eu já sou
E entre o que eu fui

Estou entre amores
Estou entre passados
Estou entretido
Estou entrelaçado
Estou esquecido
Estou em hiato
Estou aqui perdido
Só mais um hiato

Estou entre amores
Estou entre passados
Estou entretido
Estou entrelaçado
Estou esquecido
Estou em hiato
Estou aqui perdido
Só mais um hiato